Eutanásia
Diga
Não e Saiba Por que
Uma palavra pouco conhecida e quase nada discutida
pelos brasileiros. E por este motivo, encontramos muitas pessoas, que não tem
uma opinião formada: se favoráveis ou não a esta prática. A verdade é que
precisamos falar e buscar informações, e se um dia, nos depararmos com as
questões de vida ou morte, tomarmos as decisões
corretas.
A palavra eutanásia tem origem grega: “eu” bom,
verdadeiro e “thanatos” morte, seria a boa morte, uma morte sem sofrimento.
Criada por Francis Bacon (1561 – 1626) que tinha como filosofia:
“O papel da medicina não deveria ser apenas curar, mas
também mitigar o sofrimento quando não havia possibilidade de recuperação de
modo a produzir uma morte suave.”
Portanto, quando foi criada, não era como morte
induzida.
E o seu significado hoje é “Ato pelo qual, subtrai-se a
vida de alguém, com o pretexto de evitar-lhe sofrimentos, bem como aos seus
familiares”.
E se buscarmos a história da eutanásia no passado,
descobriremos que os povos primitivos sacrificavam os enfermos, os velhos, os
débeis, em benefício dos outros.
Com características ritualísticas, na Grécia e em Roma,
a eutanásia era prática recorrente. Nesta, costumava-se lançar ao mar os
deficientes mentais.
Acreditava-se que o estado tinha o direito de não
permitir aos cidadãos disformes, por consequência, era ordenado ao pai que
tivesse filho com estas anomalias, que o
matasse.
Na atualidade, os países principais que legalizaram a
eutanásia são Bélgica e Holanda.
Na Suécia ocorre a Assistência Médica ao Suicídio, ou
Suicídio Assistido. La existe a clinica Dignitas, que ficou bem conhecida, por
causa do Filme Como Eu Era Antes de Você, de Jojo Moyes, onde um jovem, após ter
sua vida totalmente modificada pela perda de movimentos, planeja acabar com o
seu sofrimento.
A verdade é que tanto o ator, como as pessoas na vida
real, alegam serem livres e poderem dispor da sua vida. Allan Kardec, na
questão 944 de O Livro dos Espíritos fez esta pergunta: Tem o homem o direito
de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio
voluntário importa numa transgressão desta
lei.”
Deus é o Criador, só a Ele cabe o direito de dispor ou
não.
No Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, a
eutanásia é proibida. E se buscarmos nos esclarecer sobre o assunto e nos
posicionarmos, assim o será !
O que é utilizado em nosso país é a ortotanásia, que
tem origem em “orto” : correto, ou seja morte correta, e, aplicada de forma
correta, jamais será confundida com eutanásia ou a distanásia, vejamos o que é
a distanásia: Consiste no ato de prolongar o processo da morte, ocorre nas
situações em que a pessoa não tendo mais nenhuma condição de retorno à vida é
mantida em aparelhos e, ou processos médicos por apego dos familiares ou amigos,
optam por manter a todo custo a pessoa viva. É importante salientar que só é
considerada distanásia quando fica evidente o processo de
morte.
Eutanásia e Distanásia não são aconselháveis, porém, o
Espiritismo não tolhe o livre arbítrio de ninguém. Apenas, informa e esclarece
as consequências desses atos.
Emmanuel no Livro Pão Nosso, através da psicografia de
Chico Xavier nos orienta sobre o ensinamento de Jesus: “Mas aquele que
perseverar até ao fim, será salvo”
Siginificando dizer que devemos perseverar até AO FIM, até o objetivo, o alvo a que
estamos experienciando. E assim, seremos salvos.
Busquemos em todas as situações de nossas vidas, entender qual a finalidade de tudo o
que nos ocorre, e assim, estaremos cumprindo nossos objetivos existenciais.
Lúcia Balan Kobus